Essa forma de pensar a educação, enquanto parte fundamental e transformadora da comunidade, tem raízes no pensamento filosófico do período grego clássico - por volta do ano 300 antes de Cristo. Conforme a coletânea de obras escritas por Platão ao longo de sua vida, a educação tem poder de libertar o homem das algemas da ignorância, de forma que ao experimentar a verdade nunca mais seria o mesmo, pois este teria sentido o ardor da luz do conhecimento em seu rosto e seus olhos veriam o mundo que há para além da caverna (do tangível). Mas, indo na contramão do bom senso, o Brasil ocupa a terceira de 100 posições em relação à evasão escolar, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Assim, a necessidade de uma gestão governamental que realmente foque nas deficiências do sistema educacional deveria ser a maior preocupação dos eleitores e, sobretudo, de qualquer candidato eleito.
Sob tal ótica, é possível que o papel de transformação da educação possa ir muito além das micro relações, tendo, por essência, o poder da revolução. Nesse sentido, é através do conhecimento, segundo Marx, que o proletariado se reconheceria como dono dos modos de produção, mudando, dessa forma, o sistema à seu favor. Portanto, seria a ignorância uma forma de limitar o poder do povo? Certamente que sim. “A educação no Brasil sempre foi elitista, nunca foi para pobre e nem para os pretos” disse a socióloga Olívia Assis, para o Jornal de Brasília. Assim, segundo a corrente marxista, o capitalista (detentor dos meios de produção) não se importa com o bem estar do subjugado enquanto este lhe gerar lucro, devolvendo-lhe uma ínfima parte da produção e subtraindo a mais valia; nesse sentido é claro o interesse da burguesia na restrição do acesso à educação, pois esta seria capaz de mudar os rumos da história.
Assim sendo, a estagnação de intervenções políticas, que realmente transformem o sistema de acesso à educação, atrasam o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Com isso, cabe, antes de mais nada, à população reconhecer o valor da educação, para que, através do voto, sejam escolhidos representantes que de fato mudem a realidade da educação nacional. Por sua vez, o poder elegido pelo povo, deve implementar medidas de emergência (curto prazo) para atender à demanda das gerações negligenciadas através da ampliação dos programas de cotas, a fim de garantir o acesso à universidade pública por pessoas à margem do sistema, além de medidas estruturais (longo prazo): criando mais universidades em regiões de maior demanda, fortalecendo o ensino básico e ampliando a assistência social para os mais vulneráveis; isso através da Secretaria de Educação, Secretaria do Desenvolvimento Social e da Secretaria da Economia em conjunto com a população. Por esses meios o Brasil ascenderá a patamares nunca outrora vistos, pois a educação tem poder de libertar e transformar realidades.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada