Na constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6º, o direito à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. Contanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o desafio para a formação educacional de surdos no Brasil, sofrendo muito preconceito apenas por serem diferentes, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro. Demonstrando que a própria sociedade é preconceituosa com os deficientes em geral, chegando a tratar eles como animais.

Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o preconceito com deficientes auditivos, como as poucas formas dos surdos se comunicarem e executarem atividades socialmente nos seus dia a dia . Nesse sentido, milhares de deficientes serão afetados nos seus estudos, pelo preconceito das escolas em aceitá-los e poucas com disponibilidade de professores que sabem libras, o que dificulta ainda mais o aprendizado. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, que defendia o liberalismo e que todos são iguais independentemente de quem seja, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a educação, o que infelizmente é evidente no país.

Ademais, é fundamental apontar que além das escolas a própria sociedade não inclui pessoas com deficiência auditiva, poucas pessoas sabem libras dificultando a comunicação dos surdos em relação às outras pessoas, causando um grande problema para eles socialmente, isso é um grande impulsionador do preconceito com os deficientes no Brasil. Segundo o filme/animação “A voz do silêncio” trata-se de um romance com uma garota surda que sofria preconceito na escola pelos seus colegas e as tentativas de seu antigo colega para se redimir do que fez e conseguir sua amizade, ele demonstra como pode ser a vida de muitos surdos espalhados pelo Brasil, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende - se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC),por intermédio de colocar o estudo de libras e professores nas escolas, promovendo um melhor sistema de ensino para surdos com profissionais especializados nessa área facilitando o aprendizado tanto das pessoas surdas e ensinando os outros colegas com se comunicarem com elas - Sendo todas as aulas obrigatórias até os alunos terem um conhecimento intermediário sobre a matéria - A fim de diminuir o preconceito com os deficientes auditivos e aumentar suas chances de conseguir um bom trabalho e bom posicionamento perante a sociedade, assim, se consolida uma sociedade mais respeitosa, onde o estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.