No livro, Quem não lê não vê, do escritor Paulo Bentancur, o protagonista Maurício se encontra em um estado incoerente com sua realidade, a de ler um livro, assim como na vida das crianças brasileiras que apenas entram em contato com a literatura quando se vêem obrigadas em algum momento e não por espontaneidade.
Todavia, os pequenos retêm pouco conhecimento, e possibilidade de desenvolverem sentimentos de incapacidade no futuro por não serem apresentadas a livros adequados à idade e capacidades individuais, visto que para o filósofo Immanuel Kant, se as crianças forem educadas adequadamente não precisarão serem castigadas dias depois tendo em foco as dificuldades de se socializar no mundo globalizado.
Ademais, devido a falta da valorização dada a literatura na infância, pelos pais e responsáveis, os pequenos indivíduos se restringem a um ambiente monótono sem a diversidade imaginária e informacional transmitida pelos livros, assim como o jovem Maurício.
Portanto, é de fundamental importância que os pais educuem seus filhos desde cedo a partir de livros interativos e diversos, e que o Ministério da Educação promova campanhas de distribuição de obras literárias gratuitas, por meio de bibliotecas públicas com o objetivo de amenizar o déficit literário vivenciado pelo personagem de Paulo Bentancur e da população infantil.