Na escravidão, mulheres negras cuidavam e amamentavam filhos de senhores de terra e recebiam praticamente nada por isso, somente moradia e comida. Nos dias de hoje, existe o trabalho de cuidado não remunerado e mal pago e a crise global de desigualdade que geralmente e também é feito por mulheres e elas não são remuneradas por cuidar de crianças, idosos e pessoas com deficiência. Isso gera diversas consequências como pobreza, desigualdade e fome.
Conforme a série Maid, da Netflix, é possível notar que mulheres (principalmente mães) não são reconhecidas por trabalhar em casa e cuidar dos filhos, em que a personagem principal é expulsa de casa pelo próprio marido e ele por sua vez, nem reconhece os esforços e trabalhos dela. Isso mostra o quanto a mulher é desvalorizada e os feitos por ela não são reconhecidos.
Segundo Hannah Arendt, que diz sobre o mal estar enraizado na sociedade e ser tão comum a ponto de a população não perceber, é o mesmo que ocorre com as mulheres: Elas trabalham, cuidam de crianças, muitas das vezes, cuidam até de idosos e pessoas com deficiência e não são remuneradas e nem valorizadas por tais atos, onde a população também não as valoriza e emprega o termo "dona de casa", que diz basicamente que o dever delas é cozinhar e cuidar dos filhos sem receber nada em troca.
Em suma, para acabar com os desafios enfrentados pelo trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, é necessário que o Estado crie leis para a remuneração dos trabalhos domésticos e voluntários (cuidar de idosos, limpar e cozinhar), além de campanhas e projetos par divulgar a importância da mulher e de sus esforços e trabalhos (isso deve ser feito por órgãos públicos e pelo próprio Estado).