Em 1969, a sociedade conheceu uma das leis mais relevantes para a história da América Latina: a Convenção Americana de Direitos Humanos, cujo texto garante a educação a todos. Entretanto, os desafios da educação a distância no Brasil impedem que a população ,que não tem acesso à internet, vivenciem o direito descrito pelo tratado. Com efeito, para solucionar o impasse, há de se combater a omissão estatal e fortalecer a dignidade humana.
Diante desse cenário, o conceito filosófico de contrato social, popularizado na Europa do século XVIII, diz respeito ao dever que o Estado tem - ou deveria ter - de garantir direitos básicos aos indivíduos. Todavia, a perpetuação das dificuldades do EAD no país deixa claro que o contratualismo europeu não é uma realidade estendida aos idosos. Essa utopia se justifica pela carência de políticas públicas, como a falta de profissionais capacitados no auxílio de instruir as pessoas mais velhas no uso da tecnologia.
Ademais, quando a dignidade humana for uma prioridade no Brasil, os desafios da educação a distância receberá o devido tratamento. A esse respeito, John Rawls - expoente filósofo político do século XX - entendia que as desigualdades sociais e econômicas são obstáculos para a equidade. Nesse sentido, os indivíduos mais pobres vivenciam, em suas rotinas, a carência denunciada por Rawls, na medida em que há insuficiência de verbas públicas destinadas ao acesso à internet pela população de baixa renda.
Portanto, fica a cargo de ONGs criarem campanhas informativas em plataformas de "streaming", como YouTube, Netflix e TikTok, tem como porta-vozes especialistas no assunto. Isso deve ocorrer por meio de curtas-metragens e de vídeos lúdicos sobre os desafios da educação do EAD. Essa ação tem a finalidade de remediar a omissão do governo e fortalecer a dignidade humana, indo de encontro ao elucidado por Rawls.