O Brasil é um dos países com maior cobertura de vacinação do mundo, disponibilizando grande parte das vacinas de forma gratuita pelo sistema único de saúde. Contudo, nos últimos anos, notou-se um declínio nos índices de imunização, principalmente em crianças, tendo como consequência o retorno de doenças já erradicadas no mapa brasileiro, como o sarampo.

Uma das causas para a diminuição da imunização é o crescente movimento antivacina verificado, em especial, nos últimos dois anos, o mesmo ganhou força também durante o governo do Presidente Rodrigues Alves, o qual resultou na Revolta da Vacina. Atualmente o movimento teve como alicerce a divulgação de Fake News, que consistem em informações falsas, as quais auxiliam no processo de desinformação do indivíduo. Tal fenômeno teve, inclusive, influencia do Ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, o qual, diversas vezes usou seus discursos para divulgar informações incorretas sobre os imunizantes focando, principalmente, nas vacinas contra o Covid-19.

No entanto, outros fatores também influenciaram negativamente a situação, podendo citar o próprio medo de sair de casa, devido a contaminação pelo vírus do Covid-19, que foi notório durante a pandemia, o que fez com que, muitos pais deixassem de cumprir o cronograma de vacinação dos filhos, causando um decréscimo ainda mais evidente na imunização e tornando a parcela infantil ainda mais propícia à doenças fatais.

Conclui-se, então, que cabe primordialmente ao Governo Federal em consenso com a Polícia Federal agir no combate às fake news, buscando punir de forma mais rígida quem auxilia na divulgação de informações enganosas, aumentando a fiscalização no meio cibernético. É dever também dos Governos Estaduais intervir na criação de campanhas educativas a respeito dos imunizantes, explicitando a importância da vacinação e as consequências geradas pela falta da mesma, procurando atuar, em especial, nas escolas, visando atingir conjuntamente pais e filhos, objetivando uma melhora no mapa da imunização do Brasil.