Segundo a filosofia africana Ubuntu "eu sou porque nós somos", tal lema define o senso de coletividade e objetiva o bem-estar de todos como um. Em contraste a tal movimento, o Brasil enfrenta contundentes ataques a responsabilidade social, haja vista a alarmante queda de adesão ao programa vacinal. Dessa forma, vale citar como causadores de tal calamidade o movimento antivacina nas redes sociais, bem como a falta de confiança na ciência, tais propagadores geram o ressurgimento de doenças anteriormente erradicadas.
Sob essa perspectiva, a bióloga Natália Pasternak convidada pelo programa Casa Do Saber exorta acerca do movimento antivacina, o qual prolifera fakenews e desinformação. Dessa maneira, os criminosos desestimulam a imunização contaminando o ideário popular com inverdades que por vezes podem resultar em fatalidades. A partir do exposto, é notório que o reaparecimento de doenças como a poliomielite e o exorbitante número de mortos pela COVID-19 deve-se, em parte, pela recusa induzida á vacinação, comportamento que culmina na crescente queda dos índices gerando a atual crise de saúde.
Ademais, a falta de confiança na ciência decorre da carência de diálogo do corpo científico em parceria ás organizações governamentais. Por conseguinte, o médico Drauzio Varella foi responsável por contornar a crise do vírus causador da HIV no presídio Carandiru, o exemplar profissional só obteve êxito a partir do diálogo direto e humanitário. Em antítese ao caso, a população carece dessa iniciativa, que por sua vez gera não confiança no sistema de imunização, diante disso nota-se a urgência de implementar políticas públicas que informem, orientem e credibilizem a importância da vacinação para o país.
Logo, cabe ao Ministério das Comunicações fomentar projetos como o "Fato ou Fake'', desenvolvido pelo site jornalístico G1 que visa desmentir fakenews, por meio de incentivos financeiros para a ampliação da ação no meio digital. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde, utilizando-se de seu Departamento de Ciência e Tecnologia fornecer engajamentos midiáticos informativos, por meio de campanhas nos canais televisivo e cibernético, promover um diálogo claro acerca da segurança vacinal. Assim, como efeito social será possível expandir os índices de imunização e reestabeler a confiança da população de forma plena e completa.