O preconceito linguístico é praticado com base nas diferenças linguísticas que existem dentro de um mesmo idioma. No Brasil, particularmente, não se trata de um assunto novo, mas que se baseia em uma língua padrão, utilizada como motivação para o desrespeito às outras formas de falar. Sob esse prisma, é pertinente argumentar que o preconceito linguístico atua não só como impeditivo ao desenvolvimento da sociabilidade entre diferentes culturas, mas também ao desenvolvimento educacional da população.
À vista disso, mundialmente o Brasil é considerado um pais miscigenado, com uma cultura muito ampla e assim não é difícil de obter diferentes formas de expressões, culturas, artes e também falas com diferentes sotaques. Por exemplo o modo diferenciado dos nordestinos falar torna-se incomum na Região Sudeste e assim por diante. Isso, especialmente, não deveria ser um problema, mas retratam a cultura nordestina com preconceito, criando um estereótipo de que os nordestinos são menos capacitados e por isso são engraçados. Um bom exemplo é o Chico Bento, personagem criado por Mauricio de Sousa, que tem como sua principal característica o seu jeitinho ``caipira´´ de falar, sendo muitas vezes mal compreendido em suas falas, dando humor aos gibis.
Outrossim, essa situação consiste em ser um problema, a taxa de casos de xenofobia no Brasil cresceu cerca de 874,10% dentro de um ano. Em uma pesquisa realizada, dentre 96,5% do entrevistados 75,95% tem preconceito territorial. Para o MEC - Ministério da Educação e Cultura-, o papel da escola é não só ensinar a norma padrão da língua, mas também o de combater o preconceito contra os alunos que ``falam errado´´. Consequentemente vale ressaltar que, assim como afirmou o Ativista Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.
Dessarte, medidas são necessárias para resolver o impasse, o Ministério da Saúde e Cultura - responsável pela educação em geral no Brasil-, deve propor a criação do projeto ``Incluindo sua linguagem´´. Tal projeto deverá acontecer uma prévia modificação dos conteúdos escolares nacionais, incentivar o debate direcionado acerca das variantes linguísticas nas aulas administradas por professores de português. Com isso, espera-se que o caráter cômico de falas tidas como diferentes seja desconstruído na mente dos alunos