O movimento literário Parnasianismo teve um dos seus principais autores olavo bilac, ele valorizava estética e a escrita das palavras e ignorando os erros gramaticais. Nesse contexto,o preconceito linguístico são generalizados tanto em questão da escrita quanto na fala. Dessa forma, ocasionando adversidades como: xenofobia e a exclusão cultural.
Em primeiro lugar pode-se destacar que a xenofobia é a causa do problema em questão. O chico bento das histórias em quadrinhos turma da Mônica e um personagem que apresenta um sotaque nordestino como "oce" e "pessoar", ele quando vai para a os centros urbanos sofre repulsa em sua fala. Logo,essa repressão que muitos sofrem por apresentarem uma variante linguística de suas localidades gera uma rejeição de grupos sociais.
Além disso,destaca-se que a exclusão cultural é dos efeitos dessa problemática. Segundo o filósofo francés pierre bourdieu em seu conceito : " capital cultural ", a definição tem sua importância por desvelar as desigualdades sociais. Logo, a comunicação e um dos fatores mais importantes tendo em vista a oralidade de se expressarem ,mas quando um grupo minoritario e excluído por sua fala a cultura e esquecida, É a superioridade da oratória ocasiona o desconhecimento desses grupos.
Portanto, são necessário medidas cabíveis para solucionar o problema do preconceito linguistico. Nesse viés,as mídias deverão criar programas televisivos com temas sobre a variação linguistica e as riquezas dos falantes brasileiros e como os os diferentes falares contribuem para a identidade cultural,por meio de transmissões comunicativas, a fim que o território conheça a cultura dos povos.

No período da colonização do Brasil, os portugueses usavam vários métodos de dominação em relação aos povos nativos, usando até sua própria língua como uma dessas formas, proibindo a língua materna dos colonizados, no intuito de extinguir suas culturas e tradições. Atualmente, ainda é notado os impactos causados pelo século XVI, no qual se perpetua a ignorância sobre a rica variedade linguística que o país possui e os estigmas que causam a marginalização sociocultural formentados também pela mídia.
Em primeiro lugar, o preconceito linguístico é a não aceitação das variedades que podem existir na lingua falada. Esse não reconhecimento, vem de uma visão equívoca pautada no que é certo e errado segundo a gramática, tornado a lingua portuguesa cada vez mais elitista e privando pessoas de oportunidades, discussões ou direitos por não estarem de acordo com a norma padrão. Vale ressaltar que, a ignorância histórica também é um importante fator, a variedade linguística é uma peça fundamental para a cultura, sendo importante para resgates históricos e tendo lugar na literarura como os cordéis, o seu não reconhecimento é apagar uma parte da cultura brasileira.
Outrossim, é válido ressaltar que, conforme escreveu Marcos Bagno, "...é um verdadeiro acidente aos direitos humanos o modo que a fala nordestina é retratada em novelas...". A força midiática exercida acima dos estigmas linguísticos e culturais retratados através de personagens superestimados, em programas de TV, é um desserviço social, pois, agrava esse problema tão recorrente que é o preconceito da língua, trazendo não só um desconforto para quem sofre, mas também reforçando a marginalização social. Assim, pessoas com gírias, falas incorretas segundo a norma padrão e com menos poder aquisitivo são mais sucetíveis ao pré-conceito de juízo de valor.
Portando, é necessário uma correção midiática, afinal, a mídia tem o dever de fazer a reversão dos estigmas linguísticos retratados em seus programas, mostrando assim o valor cultural da variedade da língua. Ademais, cabe ao ministério da educação o papel de propor palestras e projetos de conhecimento e a história dos dialetos presentes no Brasil. Assim, a realidade do país se tornará mais distante de seu começo opressor.