" A má informação é mais desesperadora que a não informação". Essa frase de Charles Caleb, escritor inglês representa de forma atemporal como o excesso de informação propagada de maneira acrítica, a chamada " Infodemia" impacta negativamente a população brasileira. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema de contornos específicos, em virtude da insuficiência legislativa, bem como, a falta de debate no que tange ao assunto.
A princípio é fulcro salientar, que o filósofo Jean Jacques Rosseau afirma que o estado se responsabiliza pelo estabelecimento de condições básicas ao promover o bem estar do âmbito populacional. Entretanto a perspectiva defendida pelo intelectual não se concretiza na realidade hodierna, haja vista que, o Poder Legislativo é falho na criação de leis que protejam a sociedade do compartilhamento de informações mentirosas. Logo percebe-se que o Poder Governamental, ao não efetivar o pensamento de Rosseau, promove uma das causas do problema.
Ademais, cabe ressaltar, em segundo plano, que existe uma lacuna no que se refere ao debate em torno da disseminação de notícias falsas, amplificadas na atualidade com o advento da internet. Segundo o filósofo Focault o silenciamento de alguns debates na sociedade pós-moderna têm como finalidade a manutenção da estruturas de poder atuantes, impedindo que sejam encontradas soluções para findar a problemática.
Portanto, fica evidente que são fundamentais a criação de alternativas para amenizar o impasse mencionado. Para isso é nescessário a criação de projetos de lei que punam mais gravemente os disseminadores de notícias falsas, pelas comissões da câmara e do Senado em parceria com consultas públicas. Tais consultas devem ser amplamente divulgadas nas redes sociais, para o público ter acesso e se posicionar. Além disso é viável disponibilizar em PDF para download, uma cartilha detalhando os projetos de leis propostos, para que o problema da Infodemia seja solucionado com respaldo legal e popular.