Segundo o filósofo Montesquieu, "a injustiça que se faz a um é uma ameaça a todos". Associando isso ao tema "feminicídio" é possível deduzir que a injustiça para com uma mulher é uma ameaça a todas elas. Diante disso, é possível analisar o tema sob dois aspectos: a falta de apoio adequado às vítimas e a ausência de uma justiça menos burocrática.
Sabe- se que a cultura do machismo continua impregnada na sociedade brasileira, contribuindo para a persistência de casos de violência contra as mulheres. Isso porque sempre se propagou a ideia de que os homens são superiores e de que o sexo feminino é frágil. Como reflexo disso, muitas vítimas acabam sem receber o apoio necessário por medo de serem julgadas por pessoas com uma com uma visão distorcida sobre o assunto.
Outrossim, cabe destacar também que a justiça se faz prolongada e muitas vezes ineficiente, visto que, um processo pode durar anos para sua execução. Além disso, muitos pedidos de distância emitidos por mulheres vítimas de agressões, contra seus agressores, dificilmente são fiscalizados pela justiça para garantir seu cumprimento e, consequentemente, a segurança delas.
Tendo em vista essa problemática do feminicídio, faz-se necessário que a mídia junto com o poder judiciário tomem medidas para solucionar o imbróglio. A mídia deve atuar na divulgação de informações, por meio das redes sociais, sobre o assunto e como resolvê-lo ou evitá-lo. E o poder judiciário, por meio das autoridades competentes, deve garantir julgamentos adequados e menos burocráticos e a aplicação das devidas penalidades, monitoradas, a fim de que vidas femininas sejam polpadas e possam desfrutar de seus direitos previstos na constituição federal.