No período da revolução industrial, a esfera do trabalho foi marcada pelas condições degradantes em que se encontravam os funcionários das fábricas, no qual realizavam suas funções sobre a sonegação dos direitos trabalhistas básicos. Percebe-se por  uma visão análoga, que a realidade apresentada naquela época está atualmente a de muitos brasileiros que prestam serviços, mas que não são remunerados devidamente. Isso acontece pela falta de atuação do poder público em buscar meios para qualificar os cidadãos e ausência de atitudes em relação a investimentos para geração de empregos.
        Em primeira análise, vale ressaltar que a sociedade tem características segregacionistas, na qual certa parcela da população não possui uma formação profissional adequada que atenda aos requisitos das empresas. Ademais, alude-se a ideia do filósofo John Locke, de que o estado se compromete em defender o homem, o bem em  comum e dar condições para que ele se desenvolva. todavia, é notório que a vivência atual da nação brasileira não está em consonância com o pensamento do contratualista, já que, são ínfimas as oportunidades oferecidas pelas autoridades políticas nacionais para capacitar as pessoas e assim inseri-las no mercado de trabalho.
        Além disso, é frequente ver no interior do país, homens que são explorados nas construções civis, os chamados “ Peões”, que passam longas horas  trabalhando e recebendo um pagamento incoerente com o exercício, quadro agravado devido a omissão governamental, fator que se torna uma razão de causa do desemprego no meio social, situação que obriga as pessoas a realizarem atividades precárias na intenção de garantir a sobrevivência. Dessa maneira, os fatos supracitados contrariam a noção de Aristóteles, quando ele diz que a política serve para fazer o cidadão feliz, visto que, o governo não toma medidas para sanar a carência de empregos no Brasil, e por consequência manter o bem estar do homem.
      portanto, é imperiosa uma ação do Ministério da Economia, que deve criar programas de atendimento nacional por meio de aplicações financeiras, visando a preparação dos indivíduos, com cursos e estágios para facilitar o engajamento e entrada no ramo em que os mesmos irão escolher no período dos estudos, para assim, mudar a realidade de jovens e adultos que estão desempregados e que necessitam de ocupações para resolver os problemas financeiros, assegurando uma vida digna garantida pelo estado, contexto que se assemelha ao pensamento de John Rawls, em que ele diz que o governo ético é aquele que disponibiliza recursos para todos os setores, nesse sentido, é imprescindível a atuação governamental nesse âmbito social.