A peça teatral "A farsa de Inês Pereira", de Gil Vicente, ao retratar a História da protagonista Inês que, submissa e resignada, aceita ser esposa de alguém indesejado, evidencia a persistência de valores patriarcais que já por séculos tem contribuído para a violência contra mulher. Nesse contexto, a sociedade brasileira também e confrontada com a alarmante persistência da violência de gênero, refletindo uma urgente necessidade de transformação.

No entanto, ao observar relatos contemporâneos, como a reportagem "Mulheres e meninas são 'apagada' da vida pública no Afeganistão sob talebã', percebe-se que essa violência transcende fronteiras geográficas e contextos culturais, revelando uma problemática global que demanda atenção. No brasil, a persistência dessa violencia se manifesta em números alarmantes de feminicídios, agressões físicas e psicológica, assédio sexual e demais formas de opressão.

Diante dessa realidade, e essencial que a sociedade brasileira reconheça e enfrente os fatores que contribuem para a perpetuação da violência contra mulheres. Primeiramente a cultura do machismo enraizada em discursos e práticas cotidianas normaliza a dominação masculinas,relegando as mulheres a posições de subalternidade. Ademais, a falta de educação de gênero nas instituições de ensino e a insuficiente punição dos agressores desencorajam a denúncia e perpetuam a sensaçao de impunidade.

Uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos e promova uma sociedade mais igualitária e a implementação de programas educacionais abrangentes, que desde infância promovam a conscientização sobre valores da equidade de gênero e do respeito mútuo. Esses programas poderiam ser incorporados ao currículos escolar e seriam complementados por campanhas de mídia e palestras em comunidade, visando desnaturalizar a violência e fomentar a empatia.

Ademas, e crucial fortalecer o aparato jurídico para coibir a impunidade. Isso pode ser alcançado por meio de um sistema de justiça agíl e sensivel as questões de gênero, com juizados e delegacias especializadas, além de promover uma cultura de responsabilização dos agressores. A aplicação rigorosa da Lei Maria da Penha e a promoção de medidas de proteção eficazes são passos concretos na direção da mudança.

Em síntese, a persistência da violéncia contra a mulher na sociedade brasileira espelha a necessidade de ruptura com valores ultrapassados e a promoção de uma cultura de igualdade e respeito. Assim como a personagem Inês Pereira não deve ser reduzida a sua passividade, as mulheres brasileira merecem a chance de se libertarem das amarras da violência e da opressão. O caminho para a transformação requer ações conjuntas, engajamento social e um compromisso solido com a construção de um pais onde todas as vozes sejam ouvidas e todas as vidas sejam valorizada.