É de conhecimento geral que a liberdade de expressão contém diversos conceitos, principalmente quando se trata de outras pessoas ao redor do mundo. Nas redes sociais, várias pessoas de qualquer idade tem se expressado de qualquer maneira, essa "liberdade de expressão" constituiu um dos fatores essenciais em uma sociedade democrática.

A liberdade de expressão é um dos valores mais importantes em nossa democracia, e por isso, não deve ser limitada. Todos podem, e devem se expressar livremente. Não há o que se falar quando discursos violentos e intolerantes incitam a violência ou agressão, minando a liberdade do outro, qualquer cidadão pode expressar suas ideias, por mais absurdas e estapafúrdias que sejam, desde que não ameace a terceiros. No artigo 19, cuja Lei afirma, todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião, o que implica o direito de não ser inquietado de procurar, receber, e difundir, sem consideração de fronteiras, informações, e ideias por qualquer meio.

O livro "revolução dos bichos", de George Orwell, critica sistemas autoritários ao fazer uma alusão, na qual os porcos são vistos como detentores do poder, escravizando o restante dos animais da fazenda, e tomando-lhes a oportunidade de se expressarem. Fora da ficção, entretanto, a liberdade constitucional de manifestar-se é defendida de maneira errônea quando, principalmente na internet, o discurso de ódio é disfarçado como opinião, e viola o direito de outros indivíduos. Sendo assim, é importante localizar a origem da intolerância cibernética, e o impacto de transpor os limites que separam o ponto de vista pessoal da opressão.

Nesse viés, é necessário reconhecer a principal causa dos ataques virtuais: A Globalização. De acordo com Steve Jobs, a tecnologia move o mundo. Dessa forma, fica claro que o uso das redes sociais e rápido acesso a pessoas de todos os lugares do planeta, facilita os insultos eletrônicos, destinados a diversos grupos socialmente vúlneraveis. Ademais, um fator determinante para impulsionar a crescente vontade de expor comentários sobre a vida alheia, é a ausencia de medidas, que, de fato, criminalizem essa ação.

Além disso, é de suma importância destacar o impacto psicológico que pode ser causado em uma vitíma. Segundo dados da Unicef, um terço dos jovens já entrevistados, dizem ter sofrido ofensas virtuais, e um quinto relata, ter deixado de frequentar o ambiente escolar, pelo mesmo motivo. Por conseguinte, nota-se como essas "opiniões" podem levar à constrangimento, ou consequências mais graves, como ansiedade, depressão, e até mesmo o suicídio.

Portanto, percebe-se a importância de delimitar o que é um direito, do que é um crime. Logo, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia, e Inovação, punir aqueles que vejam a convivência nas redes como algo isento de regras, por meio de leis, criadas, e desenvolvidas pelo Legislativo. A fim de inibir o aumento de crimes discriminatórios, sejam digitais, ou não. Consequentemente, haverá respeito às prerrogativas individuais, sem detrimentos das coletivas.