A obra literária de Graciliano Ramos " Vidas Secas " retrata uma família extremamente miserável, tanto em questões financeiras quanto em seus conhecimentos, sendo assim, diariamente vítimas de discriminação. Bem como acontece fora da ficção, o preconceito linguístico no Brasil se constitui como um problema, dessa forma, é necessário analisar tal quadro, em que a Secretaria da Educação deverá intervir preventivamente na atualização das formas de ensino e facilitação da educação para classes sociais distanciadas da cultura elitista.
Em primeiro lugar, é importante destacar como o sistema educacional do Brasil pode ser falho, visto que muitos professores ainda utilizam a distinção de certo e errado nas aulas, sem considerar as variações que surgem de estado para estados, por exemplo. Para o filósofo Marcuse " A renuncia a forma estética é abdicação da responsabilidade", ou seja, ilustra como a sociedade negligencia as diferenças, e se fecha para métodos de inclusão.
Consequentemente à discriminação leva a evasão escolar, a isolação social no trabalho, e em casos mais extremos, ao suicídio. Escolas precisam incluir nos materiais didáticos o vocabulário, trazendo a representatividade em livros infantis e em grandes literaturas brasileiras para conectar os alunos a gostarem de aprender e se identificarem e, desse modo, os corrigir se necessário.
Portanto, medidas devem acontecer para que o preconceito linguístico no Brasil seja alterado. Cabe ao Ministério da Educação promover palestras para os professores e projetos em que existam a inclusão de diferentes dialetos na literatura, com fim de incluir esse grupo. Dessa maneira, a semelhança com a obra "Vidas Secas" será cada vez menor na realidade do povo brasileiro.