Nesse sentido, é imperativo ressaltar como o Estado se posiciona diante desse entrave. Isso, porque como afirmou Gilberto Dimenstein, em sua obra "Cidadão de papel", a legislação brasileira é inoperante, visto que, embora aparente ser completa na teoria, diversas vezes não se concretiza na prática. Prova disso é a escassez de políticas públicas satisfatórias voltadas para o combate ao preconceito linguístico, que perdura no país e se faz presente nos âmbitos educacionais, sociais e regionais, ainda que a Constituição Cidadã garanta, entre tantos direitos, o direito ao respeito às diferenças. Dessa forma, infere-se que nem mesmo o princípio jurídico conseguiu garantir e combater a essa categoria de intolerância neste século evidente, ao vigorar o menosprezo e a ignorância de quem não reconhece o diferente.
Ademais, a manutenção da mentalidade egoísta e excludente fortalecida pelos ideais de desprezos são, hodiernamente, atributos de valor que sustentam esse tipo de prejulgamento, sujeitando as pessoas e causando-lhes prejuízos emocionais e físicos, pois elas não usufruem do acesso justo e cultural dignamente merecido. Segundo o filósofo Byung Chul-Han, o século XXI é denominado "sociedade do desempenho", na qual a individualidade é extremada em detrimento do altruísmo. Nesse panorama, o indivíduo em si não consegue enxergar os seres humanos que os circundam. Desse modo, o Estado, inserido nessa lógica, submerso em sua bolha de poder não atribui a esse impasse a significância cabida.
Logo, medidas exequíveis são essenciais para conter o avanço dessa mazela na sociedade brasileira. Assim, o Governo Federal por meio do Ministério da Educação deve abrir espaços nas escolas para a pauta da diversidade linguística, promovendo também nos meios midiáticos palestras com o intuito de amenizar esse preconceito erguido, conscientizando a sociedade dessa prática. Por isso, tal como para o poeta, as situações ínfimas não serão meros meios, mas os fins.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada