No Brasil existe uma grande desigualdade social e disparidades entre regiões. Devido a esses fatores, vários problemas se desenvolveram em nossa sociedade, como a xenofobia e o preconceito linguístico. O ato de discriminar alguém pelo modo de falar é crime, entretanto, aumentam os casos desse preconceitos.
O desequilíbrio entre as classes sociais dificulta o acesso aos direitos básicos constitucionais, entre eles a educação. Afetando assim, as camadas inferiores. É possível perceber que por consequência da falta ou da baixa escolaridade, pessoas pertencentes a este grupo tendem a falar de forma coloquial.
Como nossa população é formada pela soma de diversos povos estrangeiros, a língua portuguesa foi variando entre as regiões ao longo do tempo. Porém, como trata o doutor em filologia pela USP Marcos Bagno em seu livro _Preconceito Linguístico: como é, como faz_, é comum indivíduos de regiões mais desenvolvidas, como o Sudeste, fazerem aversão ao regionalismo presente na linguagem de regiões menos desenvolvidas, como o Nordeste. Ainda segundo o linguista, este ponto em conjunto ao problema relacionado às diferenças sociais são os maiores vetores de casos de descriminação linguística.
Assim sendo, a resolução para essa recusa às variantes da linguagem, é a adequação linguística, onde diz que se deve usa o formal em situações formais e o informal em situações informais. Outro meio de sanar este problema é a aplicação efetiva da lei 7.716/89 que define e pune a prática de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.