Inquestionavelmente, o preconceito religioso acompanha o Brasil desde seu descobrimento. Com o intuito de catequizar os nativos brasileiros, os portugueses buscaram suprimir as crenças nativas e africanas, impondo o catolicismo por meio da tortura e escravização. Por certo, esta herança religiosa perpétua até os dias atuais, onde o catolicismo é a religião com mais adeptos no país, entretanto, a antipatia portuguesa a outras religiões também acompanha a população até hoje, gerando rejeição e racismo por outras religiões e pessoas, principalmente de descendência africana.
Nos dias de hoje, outras crenças são permitidas, mas é visível o preconceito de uma parcela da população, por irem contra as religiões cristãs. Embora, segundo a constituição de 1988 o Estado é laico, não é difícil ver igrejas influenciando na política. Como no caso da Igreja Universal, onde em 2019 houve a tentativa de colocar um dos filhos do bispo como embaixador do Brasil na Angola, já que a instituição faz parte do partido político "Republicanos", partido do então presidente Jair Bolsonaro. Desta forma, casos como estes demonstram que a igreja católica possui muito poder na política, podendo manter de dentro para fora a condição de soberania contra outras religiões, ocasionando o apagamento de outras culturas, principalmente afrodescendente.
Ademais, o racismo acompanha esta problemática, pois as principais religiões afetadas são as vindas do continente africano. Bem como, noticiado pelo jornal "O Globo", estas religiões são que mais denunciam a discriminação no país, muitas vezes gerando a morte de indivíduos. Sob o mesmo ponto de vista, é possível relacionar com os altos índices de racismo que acompanham a situação, onde as duas problemáticas geram o apagamento de uma cultura e a morte de pessoas dia após dia.
Em suma, é necessário que o Estado intervenha na situação, por meio do Ministério da Educação, com propagandas nas escolas, ocasionando um costume das crianças com estas crenças desde cedo. Além disso, é necessário que por meio do Ministério da Justiça, seja analisado a intervenção das igrejas católicas na política brasileira, punindo as envolvidas e impedindo que novas apareçam. Desta forma cumprindo o artigo n°5 da constituição federal de 1988 garantindo aos brasileiros e estrangeiros a liberdade, igualdade e segurança em território nacional.