No Brasil atual, o desemprego é uma preocupação que afeta a vida de milhões de brasileiros. Somado a isso, a baixa qualificação de mão de obra dificulta a sua recolocação no mercado de trabalho. Portanto muitos brasileiros recorrem ao empreendedorismo como forma de sobrevivência, mas nem sempre essa é uma solução adequada.

Primeiramente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no primeiro trimestre de 2023, mais de nove milhões de brasileiros estavam desempregados. Dessa forma, se todos ou grande parte desses iniciarem um empreendimento em áreas ou negócios similares, haveria abundância de oferta, o que levaria a uma retração nos preços. Por consequência ocasionaria uma redução do lucro ou mesmo falência dessas empresas, colocando seus fundadores em uma posição financeira ainda pior.

Além disso, no Brasil existe uma escassez de mão de obra qualificada de mais de 80%, como apontado pela pesquisa realizada pela "ManpowerGroup" em 2022. Ainda, a região mais pobre do Brasil sofreria ainda mais ao empreender, já que a falta de qualificação adicionada à pobreza implicaria em oferta de serviços e produtos de baixo valor agregado. Nesse sentido, o empreendedorismo realizado nessa região tem altas chances de não se estabelecer e prover renda digna a esses empreendedores com baixa qualificação.

Diante do exposto, o empreendedorismo não pode ser uma resposta eficaz para todos os desempregados no Brasil. Tendo em vista a grande quantidade de desempregados e a baixa qualificação da mão de obra, especialmente na região mais pobre do território brasileiro.

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