O documentário "Guerras do Brasil" apresenta, em seu primeiro episódio, a perspectiva dos povos originários em relação ao processo de colonização brasileiro, ressaltando a luta pela conservação da cultura indígena na atualidade. A partir desse cenário, é necessário avaliar os obstáculos que impedem a valorização efetiva dos povos tradicionais no Brasil, o que está associado ao preconceito da população e ao descaso estatal.
Nesse sentido, é inegável que o preconceito da massa popular com relação aos povos indígenas é presente no nosso cotidiano. Nas palavras do escritor Guarani Olívio Jekupé: "a sociedade vê o índio como aquele primitivo que não vai crescer,". Sob esse viés, pode-se concluir que tal pensamento, o qual baseia-se apenas no preconceito, sem embasamento científico algum, fomenta a visão de inferioridade com relação ao nativo e afasta ele do meio social contemporâneo.
Outrossim, nota-se a ineficácia governamental no que tange a valorização das culturas tradicionais. Para a pensadora Paulista Djamila Ribeiro, é preciso tirar as situações da invisibilidade para que soluções sejam encontradas, perspectiva que demonstra a falha cometida pelo Estado, o qual não estimula a conscientização popular sobre a problemática, nem nas salas de aula, nem no âmbito político. Portanto fica evidente que, por não dar notoriedade a luta desses povos, o governo permite a minimização e esquecimento de seus costumes.
Diante o exposto, fica explícita a necessidade da valorização das comunidades supracitadas. Dessarte, cabe ao Ministério da Cultura, responsável pela administração das políticas culturais do Brasil, propiciar cenários de câmbio cultural por meio de divulgações de informativos nas mídias sociais. Com isso espera se uma mudança na visão popular e uma maior valorização dos povos originários brasileiros.