Conforme o artigo 5º, da Constituição Federal (CF/88), homes e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da Constituição. No entanto, a cultura de assédio, no Brasil, impossibilita que as mulheres desfrutem desse direito universal na prática. Nesse contexto, não há dúvidas de que o assédio sofrido pelas mulheres é um desafio no país; o qual ocorre, infelizmente, devido não só ao machismo enraizado na sociedade, mas também à ausência de punições severas aos que praticam tal ato.
É fundamental pontuar, primeiramente, que a falta de conscientização e educação de crianças e jovens contribui para a criação de uma sociedade machista, o que afeta sobremaneira o desenvolvimento do país. De acordo com um estudo realizado pelo blog Think Olga, mais de 95 % das mulheres alegaram ter sofrido assédio, em via pública. Logo, o resultado desse contraste é claramente refletido na cultura de assédio no Brasil. Assim, a educação e a conscientização de crianças e adolescentes é fundamental para dirimir essa problemática.
Faz-se mister, ainda, salientar a ausência de punições severas como impulsionador do problema. De acordo com o Código Penal, é crime a prática de assédio, contudo, as punições ainda são muito brandas para o infrator; exemplo disso é a prática recorrente de tal ato na sociedade brasileira, o que acarreta às mulheres a sensação contínua de insegurança e o aumento de problemas psicológicos, como depressão, ansiedade e medo contínuo.
Fica claro, portanto, que a cultura de assédio está enraizada no Brasil. Nesse viés, não só o Estado, mas também a sociedade em geral, é responsável por prevenir e intervir nessa prática. Desse medo, a educação e a conscientização de crianças e adolescentes pode prevenir que tal conduta continue sendo praticada na sociedade. Ademais, é necessária a introdução de punições mais severas pelo Estado, com o propósito de obstar a reincidência e servir de exemplo para a coletividade. Só assim, a igualdade entre homens e mulheres será uma realidade aplicada na sociedade.