No romance O Declínio de Um Homem de Ozamu Dazai, nos é apresentado Yozo, um jovem depressivo e sem expectativas que não se vê como humano, porém, esconde-se por trás de uma máscara de felicidade para agradá-los. Em consonância, vê-se uma semelhança com a atualidade, posto que, há uma estigmatização da saúde mental no coletivo, dado principalmente, ao descaso governamental e a mídia de massa nesse âmbito. Logo, assumi-se que esse problema seja dissolvido.
Dessa forma, em primeira análise, deve-se alertar para a negligência do governo para com os problemas mentais que assolam o público. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu Saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Entretanto, há uma lacuna descomunal no quesito saúde mental, pela falta de políticas públicas que ampare esse meio, deixando-o desassistido e propício a aumento de casos do mal em todo o país. Destante, é mister que o obstáculo seja notado.
Paralelamente, vê-se uma intensificação do problema pelas mídias e sua venda de ideais utópicos. O documentário O Dilema das Redes, mostra o perigo dos algoritmos das redes sociais e como são preparados para prender a atenção dos usuários e manipulá-los. Consonante ao filme, identifica-se como esse controle das redes dissemina o pânico por meio de fake news apelativas e a exposição a cenários irreais, o que fomenta cada vez mais problemas psicológicos para o todo, impedindo assim, que uma solução seja encontrada.
Portanto, urge que a falha seja eliminada. Para isso, o Estado precisa criar projetos de acolhimento mais efetivos para o público afetado, disponibilizando psicólogos e especialistas na área gratuitamente, nos postos de saúde de bairros mais pobres das cidades, atingindo assim, um público mais desprovido financeiramente. Analogamente, influencers devem alertar, por meio de posts no Instagram e Twitter, para o perigo do uso excessivo das redes e como isso influência o psicológico. Então, assim, pessoas como Yozo não precisarão esconder seus problemas e sim, tratá-los.