O Brasil ocupa, atualmente, no Ranking do Fórum Econômico Mundial a respeito da desigualdade de gêneros a 90° posição, mesmo as mulheres representando 51,48% da população brasileira e não sendo mais uma minoria. A desigualdade social e os resquícios da sociedade patriarcal no Brasil contemporâneo se deve muito ao fato da permanência do machismo estrutural e os conceitos pré-impostos sobre a mulher e seus direitos e deveres na sociedade.
É possível analisar a permanência do machismo estrutural apenas comparando os salários oferecidos, o da mulher sendo 76% do salário oferecido aos homens, obtendo aproximadamente 542 reais de diferença entre os dois. Outra situação em que podemos perceber isso é na oferta de emprego para pessoas do gênero feminino, sendo inferior a de pessoas do gênero masculino, por causa dos chefes de empresas recusarem-se a contratá-las devido a um direito básico, a "licença maternidade".
Grande parte da sociedade continua enxergando as mulheres como apenas "mães" e "donas de casa", rótulos atribuídos à elas durante séculos de história. Inclusive, a sociedade patriarcal se mostra de grande influência, levando mulheres a enxergarem outras como inferiores aos homens e "indignas" de receberem o mesmo tratamento que eles, atribuindo conceitos monótonos e ultrapassados que inferem o não comprimento de direitos básicos dessas pessoas durante seu cotidiano.
Em suma, é de extrema importância a realização de fiscalizações regulares por meio de órgãos governamentais, como a Divisão do Trabalho, a respeito do cumprimento dos direitos básicos da mulher, tanto como uma cidadã, quanto como funcionária de determinada empresa. Além disso, um recurso para a desconstrução desses conceitos seria a utilização de campanhas públicas para a conscientização das pessoas a respeito dos direitos da mulher.