Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, é de todos os indivíduos o direito ao abastecimento de água potável. No entanto, ao se observar o caráter excludente da escassez de água, é notório que essa impossibilidade não tem sido considerada no país. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em primeiro lugar, é importante destacar que a má distribuição desse recurso colabora com esse cenário. Segundo os Índices do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), ainda não conseguimos levar água potável para toda a população brasileira. Essa situação, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do ‘contrato social’, já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a água potável, o que infelizmente é evidente no país.

Além disso, a poluição é um promotor desse problema. De acordo com ONG SOS Mata Atlântica, a água é ruim ou péssima em 40% dos 96 rios, córregos e lagos avaliados em sete estados brasileiros. Diante de tal exposto, é inegável a falta de atuação das autoridades sobre uma questão séria na sociedade. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Portanto, é preciso que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para combater o perigo da escassez de água no Brasil, urge que o Governo e Ministério da Educação promovam programas para acabar com esse problema, por meio de investimentos e palestras. Sendo assim, o Governo deverá proporcionar mais profissionais para a fiscalização do sistema de abastecimento de água, e o Ministério da Educação precisará garantir que todas as escolas e universidades tenham acesso a palestras para que os jovens entendam a importância desse recurso. Somente assim, tais medidas seriam eficientes para combater a escassez de água no país.