A filósofa francesa Simone de Beauvoir disse “o mais escandaloso dos escândalos é que nos acostumamos a eles”. Em consonância ao pensamento, há um eminente problema no Brasil ligado ao desperdício de água. Porém, a nação verde-amarela ainda apresenta um descaso frente ao tema. Nesse parâmetro, pode-se destacar dois fatores contribuintes dessa problemática: a falha educacional da população e a irresponsabilidade socioambiental por parte das indústrias.
Em primeiro lugar, é valido ressaltar a falta de conscientização das pessoas, as quais utilizam deste recurso hídrico como o mesmo fosse infinito. Nesse sentido, segundo Nelson Mandela "a educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo", por isso, é imperioso oferecer informação à sociedade brasileira, para que a mesma possa reverter essa falha educacional e corrigir seus erros relacionados ao desperdício desse precioso mineral.
Ademais, é importante salientar a ausência de medidas sustentáveis das indústrias como um impulsionador do problema. Nessa perspectiva, segundo o portal G1, o setor industrial é responsável por 60% do consumo de água e seu gasto exacerbado. Por conseguinte, muitas empresas ainda trabalham com métodos e instalações ultrapassados, sem se preocupar com o impacto que suas atividades podem causar ao sistema hídrico. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Portanto, faz-se urgente que o Governo Federal - órgão responsável pelo bem-estar do povo - promova campanhas de conscientização em todo o território brasileiro, por meio de palestras públicas feitas por biólogos e outros profissionais da área e uma fiscalização nas empresas e indústrias em seus maquinários e tubulações de água, a fim de levar discernimento aos cidadãos e acabar com o desperdício. Dessa maneira, evitar-se a banalização desse escândalo, como descrito por Beauvoir.