Muito se discute sobre a problemática da inclusão digital no Brasil, visto que segundo dados do ano de 2019, cerca de 40 milhões de brasileiros não tinham acesso a essa tecnologia, isso ocorreu por falta de conhecimento para usar a rede, ou pela questão financeira e até mesmo pela falta de infraestrutura adequada para a instalação desses serviços.
Partindo desse pressuposto, pode-se afirmar que o Brasil é um país heterogêneo, pois a desigualdade social dificulta o acesso às facilidades que a inclusão digital trouxe, como a educação, compras online por preços menores, acesso ao entretenimento, etc.
Por mais que a Constituição Federal em seu artigo 6º garante o acesso à educação, muitas crianças e adolescentes não tiveram acesso a ela durante a pandemia da Covid-19, pois as aulas foram realizadas de forma remota, dependendo exclusivamente do acesso a internet. Embora o número de pessoas com acesso a internet venha crescendo constantemente,o Brasil ainda fica atrás de outros países nesse quesito, principalmente nas zonas rurais onde o acesso é de apenas 22%, já em zonas urbanas esse número é um pouco maior, cerca de 54%. O distanciamento das tecnologias e seus benefícios violam o artigo 6º o qual já foi citado.
Portanto é importante que o governo invista em infraestrutura para disponibilizar o acesso às regiões menos favorecidas e auxilie no barateamento de custos para que as tecnologias se tornem mais acessíveis à população em geral. Sendo assim, a criação de um programa que permita o acesso à rede junto com as operadoras de telefonia, possa tornar a população mais culta, mais informada e com uma mentalidade diferente da que se tem hoje sobre a cultura e questões sociais por exemplo, facilitando assim até mesmo sua inclusão em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e informatizado.