Diante desse cenário, é válido ressaltar, a princípio, que a omissão estatal fomenta a desurbanidade. Nesse sentido, Norberto Bobbio — expoente filósofo italiano — desenvolveu o dicionário de política, a partir do qual o Estado deveria não apenas garantir os direitos básicos, a exemplo de moradia, mas também assegurar que a população usufrua na prática. Todavia, não há políticas públicas eficientes para interromper o imediatismo opressivo frente à marginalização sociourbana que a arquitetura hostil gera, haja vista a falta de leis que penalizem os proprietários construtores dos locais com tal geometria desfavorável. Logo, enquanto a desurbanidade for a regra, a moradia será a exceção.
Outrossim, a hostilidade social potencializa essa conjuntura. A esse respeito, Hanna Arendit — filósofa alemã — desenvolveu o conceito de "Banalidade do Mal", a partir do qual as sociedades modernas praticam condutas cruéis com alta frequência. Sob essa lógica, o comportamento desprezível acerca do cenário opressivo gerado pela desurbanidade manifesta a maldade humana denunciada por Arendit, visto que muitos donos de lojas implementam uma arquitetura hostil na frente de suas propriedades. Isso é feito para desestimular a propagação de pessoas em situação de rua nesses locais, atraindo aqueles que possuem condições financeiras boas e que podem desfrutar dos produtos que há nas lojas. Destarte, emerge a solução dessa lamentável realidade, já que marginaliza uma parcela da população.
Portanto, indubitavelmente, urge uma intervenção capaz de atenuar a problemática. Para isso, cabe ao governo — responsável não só pela proteção do bem-estar social, mas também pela inclusão de todas as camadas da sociedade — elaborar leis eficazes para mitigar a crescente arquitetura hostil nas cidades, por meio de uma decisão tomada nas câmaras dos deputados, a fim de reverter a negligência governamental e a hostilidade social que imperam. Desse modo, com a conjuntura de tal ação, o Brasil poderá se distanciar dos problemas vivenciados pelo Geraldo Viramundo.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada