- 03 Mai 2023, 09:58
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De acordo com o filósofo inglês Thomas Hobbes, o Estado tem a incumbência de garantir o desenvolvimento de todo seu tecido civil. Contudo, a conjuntura brasileira atual opõe-se à ideia do filósofo, visto que o país não busca mitigar o analfabetismo funcional e permite que ele se torne um dos principais elementos de exclusão social em território nacional. Nesse viés, torna-se crucial analisar as causas do entrave, dentre as quais destacam-se a negligência estatal e a insuficiência legislativa. A princípio, é essencial destacar a negligência governamental como uma potencializadora da problemática. Segundo a cantora Demi Lovato, em sua composição "Commander in chief", em diversas ocasiões os representantes nacionais assumem uma postura indiligente frente a inúmeros problemas sociais. Paralelamente, quando se observa o analfabetismo funcional no Brasil, fica claro que devido à indiferença das autoridades, a população pertencente as classes menos favorecidas permanece sem acesso a um ensino de qualidade que os tornem cidadãos participativos da sociedade. Dessa maneira, essa parcela da população não será capaz de formar um pensamento crítico e contribuir para o desenvolvimento do país. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar. Ademais, é igualmente necessário apontar a insuficiência legislativa como outro fator que contribui para a manutenção do óbice. Posto isso, o filósofo Montesquieu faz a seguinte afirmação "Quando vou a um país não examino se há boas leis mas se as leis que lá existem são executadas, pois leis boas há por toda parte". Sob essa ótica, embora o direito à educação esteja estabelecido na Constituição Federal, fica claro que esta não tem sido eficiente para combater o analfabetismo no Brasil. Desse modo, sem políticas públicas que coloquem a lei a serviço da humanidade, o problema em questão se perpetua. Portanto, são necessárias medidas capazes de edulcorar a problemática. Dessarte, a fim de extinguir o analfabetismo funcional no Brasil, é preciso que os poderes legislativo e executivo, por meio do Senado Federal e Ministério da Educação reavaliem a BNCC para que haja um aumento na carga horária das aulas de língua portuguesa com conteúdo direcionado para interpretação de textos nas escolas de todo país, bem como realizem a criação de autarquias que terão por objetivo fornecer cursos intensivos de língua portuguesa gratuitamente (voltados especialmente para a interpretação textual). Dessa forma, espera-se que a ideia de Hobbes será convertida em realidade no Brasil.