Segundo o artigo 3.° da Constituição é dever do Estado inferir a sociedade brasileira boas condições de vivência. Entretanto, fica evidente que os estigmas associados às doenças mentais, estão cada vez mais crescentes no país. Desse modo, convém ressaltar que essa realidade ocorre não só pela desinformação educacional, mas também pelo descaso governamental.

Inicialmente, é válido avaliar a ineficiência da educação como um dos principais motivadores da falta de informações correlacionadas à saúde mental. Acerca disso, o educador Paulo Freire, na obra "Pedagogia da Autonomia", enfatiza o conteudismo escolar, afirmando que a escola precisa romper com a metodologia ultrapassada que oprimem o indivíduo e privam a percepção dos entraves sociais. Logo, não há como superar as mazelas relacionadas a incompreensão do bem-estar mental enquanto a falta de orientação escolar persistir em território nacional.

Ademais, é notório destacar que a negligência do governo agrava ainda mais essa situação. Segundo o Contrato Social, de Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir os serviços necessários para o bem-estar da população. Contudo, em solo brasileiro, há a ruptura desse contrato, visto que o governo não investe em ações que promovam a saúde psíquica. Dessa maneira, só será possível reverter os empecilhos mentais quando a falta de interesse público for atenuado.

Em suma, algumas medidas são necessárias para a resolução dos desafios associados às doenças psicológicas. Para tanto, cabe a comunidade escolar proporcionar palestras, por meio de gincanas, rodas de diálogos, com o intuito de solucionar essa problemática. Além disso, o sistema governamental deve promover campanhas por intermédio de redes sociais, a exemplo de propagação midiática, a fim de reduzir os estigmas mentais.