“Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados.” A frase dita pelo filósofo inglês Aldous Huxley, ao ser analisada pela situação do país possibilita a reflexão sobre como a violência urbana, que está sendo negligenciada na sociedade brasileira, está afetando a vida de muitas pessoas. Além disso, fatores como a negligência governamental e a desigualdade social não podem ser desprezados.
Em primeiro plano, destaca-se a falta de segurança enfrentada pela sociedade. A constituição de 1988 decreta o direito à segurança para toda a população. Todavia, é importante salientar que tal prerrogativa não esta sendo totalmente garantida, tendo em vista que, o Brasil ocupa 9 colocações na lista das 50 cidades mais violentas do mundo em 2022, divulgada pela ONG Internacional Seguridad, Justicia y Paz. Portanto, é inadmissível que, em um país onde se paga umas das maiores taxas de impostos do mundo, o Estado não garanta políticas públicas capazes de corrigir ou reduzir essa situação.
Somado a isso, vale ressaltar que a desigualdade social é outro elemento que intensifica a violência urbana. De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a vulnerabilidade socioeconômica e a falta de oportunidade de emprego decente estão deixando as pessoas propicias ao tráfico e outras vertentes do crime. No entanto, isso mostra que a população brasileira está diante de uma situação extremamente delicada e é por essa razão que ações precisam ser tomadas para que todos possam viver com mais harmonia e com todos os seus direitos garantidos.
Desse modo, é importante que o ministério público, instituição que tem como função definida pela Constituição Federal a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, tome providências para alterar o quadro atual. Para diminuir a violência no contexto urbano, urge que o governo intervenha, por meio de políticas públicas que visam a segurança e a maior oportunidade de emprego digno aos cidadãos. Afim de, melhorar a realidade da população que sofre com os problemas da temática em questão.