A criminalização dos moradores periféricos ocorre por diversos fatores socioculturais que rodeiam uma sociedade com poder centralizado. A tentativa de implantar uma sociedade justa para todos é paralela com a realidade vista desde do século XIX, com a implantação da lei de abolição do trabalho escravo aqui no Brasil. De antemão, falar da segregação social e consequentemente da falta de infraestrutura para suburbanos é algo complexo e ao mesmo tempo prático.
Em primeira análise, a separação ou isolação desses moradores é observada em grande escala na mídia. A ridicularização e analogia de comunidades com atos criminais e, consequentemente perigosa para a sociedade, causa uma grande opressão dessa população. Ao contrário do que se passa, a realidade é outra! O que se ver nada mais é do que o reflexo da falta de oportunidades para os mesmo, levando-os à duas saída "trabalhar" ou passar fome.
Vale ressaltar, ainda, a falta de infraestrutura causada por essa isolação. Um exemplo muito explícito disso, são os deslizamentos ocorridos nessas regiões. Casas com pouca sustentação feitas em morros por falta de localidade apropriada para construção de moradias. Super lotação com casas agarradas ou até mesmo uma por cima da outra, piora ainda mais a realidades vivida por eles.
Urge, pois, medidas que sejam tomadas para melhoramento de condição de vida para essa população. Cabe ao governo reparar combates ou ações que são feitas agressivamente dentro de comunidades que, em teoria, era pra combate ao tráfico. Promover ações para melhoramento estrutural das condições de vida da população das periferias, além de, gerar serviços oportunos para que as condições sociais sejam melhoradas para as famílias que ali abitam.