No dia 8 de março é comemorado o dia internacional da mulher, porém, acaba sendo apenas uma data comemorativa, visto que, essa parcela da população sofre, apenas por ser mulher. Paralelamente, o país ainda vivencia cotidianamente a violência, por falta de estratégias que erradiquem tal problemática. Nesse sentido, observam-se vários fatores contribuintes para o problema em questão, dentre eles, a negligência governamental e a falha educacional.
Diante desse cenário, é válido destacar a relação entre a falta de atenção do Estado e a persistência da violência contra as mulheres. Nessa perspectiva, o documentário, "o silêncio das inocentes", de 2010, retrata a luta contra a violência doméstica e o surgimento da lei Maria da Penha. Sob esse viés, nota-se que apesar dessa lei estar presente na Constituição Federal, promulgada em 1988, ainda há muitos desafios para aplicá-la, na prática. Dessa forma, urge políticas públicas para mudar a atual situação na qual o Brasil vive.
Ademais, é importante ressaltar, também, a falta de campanhas educacionais nas escolas brasileiras, referente à temática. Acerca disso, segundo o filósofo Emmanuel Kant, "o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele". Sob essa ótica, constata-se que a educação se faz importante para a formação de uma sociedade menos violenta e mais inclusiva, principalmente em relação às mulheres. Sendo assim, é notório, todas essas condições são causas da violência, seja ela física, sexual, psicológica ou até mesmo moral.
É evidente, portanto, a necessidade de solucionar tal impasse. Logo, o governo-no exercício de seu papel social-deve desenvolver projetos no qual enfatizem a lei Maria da Penha, por meio do aumento das verbas na segurança e profissionais do mesmo sexo, que atendam a vítima de forma anônima e segura. Além disso, as instituições públicas devem promover palestras aos alunos com a finalidade de informar sobre a importância das denúncias para diminuir os números alarmantes de feminicídio. Espera-se, assim, a efetivação da Constituição e a conscientização da nação, quanto a relevância da mulher na sociedade brasileira.