O artigo 6 da Constituição Federal de 1988 afirma que a educação é um direito de todo e qualquer cidadão. Nesse prisma destacam-se dois aspectos importantes: as pessoas de classes sociais mais baixas foram prejudicadas pela falta de acesso à internet, e também os alunos foram bastante afetados, pois a interação social é um fator importante para o desenvolvimento do indivíduo.
Em primeira análise, evidencia-se a desigualdade de aprendizado entre alunos de condições financeiras distintas. Sob essa ótica, segundo a pesquisa TIC Domicílios, divulgada no ano de 2019, 59% das casas brasileiras pertencentes às classes "D" e "E" não têm acesso à internet. Dessa forma, é notória a falta de aprendizado dos alunos mais pobres, pois sem acesso à rede fica complicado ter aulas remotas que possam suprir a ausência de aulas presenciais.
Além disso, é perceptível que a inexistência de contato com outros alunos prejudica o desenvolvimento do cidadão. De acordo com o filósofo norte-americano John Dewey, "A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida". Consoante a isso, podemos afirmar que a interação social é um fator valioso para a educação e formação do ser humano. Sendo assim, o governo deve criar formas de promover essa convivência sem colocar a saúde dos estudantes em risco.
Depreende-se, portanto, a adição de medidas que venham amenizar os impactos da pandemia na educação brasileira. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal, junto ao Ministério da saúde, realizar a imunização da população, por meio da vacinação em massa e de medidas de segurança sanitária, como o uso de máscaras, de modo que o vírus não ofereça grandes riscos aos estudantes e suas famílias. Somente assim, é possível proporcionar a igualdades de aprendizado, gerando assim o direito a educação para todos os cidadãos.