A constituição federal de 1988 - norma de maior hierarquia júridica no Brasil - determina como inerente a todo cidadão o direito a uma infancia segura e saudavel.
Porém, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa os constantes abusos que grande parte da industria publicitaria prática contra
crianças atráves da publicidade, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante desta perspectiva, faz-se imperiosa a análise
dos fatores politicos e economicos que colaboram com esse cenario.

Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas estatia para se combater os abusos públicitarios, sendo aprovado uma resolução que considera esse tipo de
publicidade como abusiva somente este ano. Nesse sentido, a ausência de medidas governamentais contribuiu para a formação de uma juventudade mais consumista e com isso
menos responsavel com o seu dinheiro. Essa conjuntura, sendo as ideias do filosofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que
o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos disfrutem de direitos indispensáveis como ao de uma infância mais segura para a sua formação, o que infelizmente
é evidente em nosso país.

Ademais, é fundamental apontar a falta de uma formação melhor por parte dos pais como impulsionador do problema no Brasil, segundo o artigo "A criança e o marketing", precisamos
preparar melhor as crianças para receber e interpretar as informações do mundo exterior, o que ajudaria na formação de um consumidor melhor e mais responsavel em suas atividades
economicas. Diante de tal exposto, fica evidente a necessidade de se investir também numa formação de base melhor para as crianças da nossa sociedade.
Logo, é inadmissivel que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. para isso, é imprescindível que o estado, por intermédio de políticas publicas, invista maiores recursos para
a formação de uma juventudade mais preparada para absorver informação e não ser tão persuadivel como mostra o atual cenário, além de claro, efetivar uma legislação mais rigida que
regule com pulso firme a publicidade infantil para que isso não afete o seu desenvolvimento, tudo isso afim de garantir uma formação mais solida e eficiente da nossa juventudade.
Assim se consolidará uma sociedade mais justa, onde o estado desempenha corretamente o seu "contrato social" tal como afirma john Locke.