O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, assevera em sua obra,
“Modernidade Líquida” que tudo o que fazemos ou deixamos de fazer,
afeta a todos em uma sociedade. A atuação humana na natureza tem
causado impactos negativos nas mudanças climáticas. A superpopulação,
o desmatamento, e a utilização de fontes não renováveis tem agravado
ainda mais esse problema.
Em primeira análise, o aumento da população tem amplificado a poluição
do ar pelo CO2 (dióxido de carbono). A demanda por recursos tem
superado o que o ambiente tem a oferecer. O desmatamento para a
construção de novas casas, ou para abrir áreas de plantio para a
agricultura, tem intensificado essa poluição. Quando corta- se as árvores,
estamos liberando o gás carbônico na atmosfera que estavam
armazenados nelas e ainda, diminuindo as chances do ambiente se
recuperar, pois as plantas realizam fotossíntese e são os principais filtros
naturais para que esse gás não chegue em grande quantidade na
atmosfera.
Sob essa ótica, a utilização de fontes não renováveis de energia pelas
indústrias como o carvão mineral, combustíveis fósseis e o gás natural, são
responsáveis pela maior emissão de CO2 na atmosfera. Esse gás, além de
desequilibrar o efeito estufa (responsável pelo aquecimento global) ele
também influencia na formação de chuva ácida que por sua vez aumenta
o pH do solo, o que retira seus nutrientes e reduz sua fertilidade,
dificultando o plantio. A chuva ácida também diminui o pH dos oceanos,
rios e lagos. Em consequência, ocorre a morte de várias espécies desse
meio.
Urge, portanto que as ONGs responsáveis pelo meio ambiente,
juntamente da ONU, Governo Federal e mídia, realizem planejamentos, a
fim de conter as mudanças climáticas causadas pela atuação humana, por
meio de inserção de capital para projetos sustentáveis, influenciar no
plantio de árvores e dar acessibilidade a maior parte da população ao
meio de energia renovável – como a energia solar e a eólica. Uma vez que
vivemos em uma sociedade líquida, se cada um fizer sua parte, o problema será amenizado.