A princípio, é lícito salientar que o descaso governamental é um aspecto determinante para a persistência do revés. Nessa lógica, o filósofo Jean-Jacques Rousseau afirma que é dever do Estado promover o bem-estar social. Todavia, observa-se que a tese do erudito não está sendo aplicada na contemporaneidade. Isso, porque apesar de a saúde —tanto física, quanto cognitiva— ser um direito constitucional, os superintendentes não destinam verbas suficientes para o investimento em psicólogos e psiquiatras nas Unidades Básicas de Saúde, o que dificulta o pleno acesso a um tratamento especializado e de qualidade. Por conseguinte, essa postura inerte coopera para a permanência da estigmatização no tocante à temática.
Outrossim, é imperioso destacar a escassez de elucidação sobre patologias psíquicas nas escolas como um obstáculo para a resolução do óbice. Conforme o sociólogo Émile Durkheim, a instituição pedagógica tem um papel imprescindível na formação do senso crítico da coletividade. Contudo, percebe-se que a ideia do intelectual não vai ao encontro dos entraves vivenciados no contexto vigente, já que a insuficiência de palestras com especialistas no assunto que tenham o fito de informar os discentes sobre o que são anomalias psicológicas, o modo pelo qual se manifestam e a importância de se tratar de forma respeitosa os indivíduos que sofrem com tais distúrbios ratifica o oposto da máxima proposta pelo pensador, além de ocasionar a banalização de uma questão que afeta inúmeros sujeitos na atual conjuntura.
Portanto, urge que medidas sejam realizadas para alterar esse panorama. Para isso, o Ministério da Educação — órgão responsável pela prosperidade educacional do Brasil —, em conjunto com as prefeituras, devem promover oficinas didáticas, em colégios e universidades, por meio de profissionais que advirtam os alunos no que se refere às doenças mentais, com o cunho de reduzir os estigmas e proporcionar a compreensão aprofundada acerca da problemática. Assim, ademais de efetivar a cláusula constitucional, o caso de Hannah Baker poderá permanecer apenas no âmbito ficcional.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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