Segundo o Art. 3º da Constituição Federal do Brasil “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. No entanto, apesar da garantia constitucional, nota-se que a desigualdade entre as regiões ainda é um grande problema atualmente. Nesse sentido, percebe-se a configuração de um grave problema de contornos específicos, que emerge, dentre outros fatores, devido aos efeitos do capitalismo e a má influência midiática.

Dessa forma, em primeira análise, a influência do capitalismo é um fator crucial para permanência da desigualdade no país. Isso pode ser explicado segundo o romancista francês Victor Hugo, o qual diz “O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens. Faz andar uma coisa esmagando sempre alguém.”, essa frase pode ser facilmente relacionada aos efeitos do capitalismo que tende a enriquecer ainda mais os ricos e tornar os pobres ainda mais pobres e isso dificulta a resolução dessas desigualdades.
Ademais, a má intervenção midiática pode ser apontada como responsável pelo problema. Nesse viés, o escritor George Orwell afirma que “A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.”. Como a frase deixa explicita, a mídia tem o poder de controlar massas e com isso foi uma das causadoras dessa desigualdade, sempre retratando a região sudeste como a mais desenvolvida e outras regiões, como norte e nordeste, sendo retrógradas, e assim acaba por influenciar sua população a migrar para as outras regiões e consequentemente favorece essa desigualdade.

Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação das desigualdades entre as regiões. Dessa maneira, é preciso que o estado contenha o problema por meio de estimulo estatal visando industrializar as áreas mais afetadas e em parceria com a mídia criar programas sociais e documentários com o objetivo de trazer essa pauta para a discussão em todo o país a fim de influenciar as pessoas a permanecerem em suas respectivas regiões e estimular empresas a abrir filiais nessas áreas e consequentemente reduzir essas desigualdades. A partir dessas ações espera-se promover uma melhora na vida das pessoas impactadas por este problema.