Privados de liberdade
Há 115 anos atás, no dia 13 de maio de 1888, Princesa Isabel assinou uma lei nomeada de Áurea, em que proibia e abolia qualquer tipo de escravidão no território brasileiro. E mesmo com seu passado conturbado em relação a práticas escravistas, o Brasil nos dias atuais vêm registrando taxas consideráveis de trabalho análogo à escravidão.
Dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho e Ministério da Economia divulgados em 2021, a maior parte dos trabalhadores resgatados pelo MInistério do Trabalho e Emprego são negros, com o Ensino Fundamental incompleto e trabalham na agropecuária, extrativismo ou pesca, mais usualmente em usinas de cana de açúcar e outras áreas de extação vegetal em grande escala.
Ademais, muitas dessas pessoas saem de suas terras natal em busca de melhores condições de vida, salário e moradia, o que geralmente é promedito pelo empregador - porém, não é aquilo que é recebido quando chegam à seus destinos, assim como é abordado no documentário "Precisão", em que os entrevistados falam das péssimas condições de moradia, ambiente insalubre, falta de comida e precariedade na higiene.
Desse modo, é seguro afirmar que a questão do trabalho análogo ao de escravo no Brasil ainda está presente, mesmo sendo proibido por lei nos dias atuais e como é dito por Hegal: "o que a história ensina é que os governos e as pessoas não aprendem com a história". E de modo que a escravidão e os trabalhos análogos a ela sejam abolidos totalmente é necessário o aumento de número de agentes fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, com a promoção de novos concursos, e também a criação de canais de denúncia efetivos para que hajam mais resgates.