No filme documentário "Carcereiros", expõe-se a vivência de oito penitenciários de São Paulo, os quais, apresentam um panorama geral da convivência carceira. Dessa forma, é tácito elucidar que o pais é precário na condição estrutural penitenciária, como no déficit de vagas nas prisões e ausência assistencial aos detentos no estado de liberdade, que buscam uma nova oportunidade de vida.
Em primeira instância, a superlotação dos presídios que compõem os estados brasileiros contribuem negativamente o sistema penitenciário do país. Conforme o estudo da Comissão do Ministério Público, o Brasil possui superlotação de 166% compondo 729.949 presos, porém, tendo capacitação em presídios para 437.912 pessoas, dados de 2019. Consoante a isso, nota-se que a situação da sociedade carceira é alarmante, pois esse fato afeta diretamente a integridade física e mental dos detentos nacionais.
Outrossim, a negligência de promover condições salubres aos penitenciários aflige na conjuntura da reeducação social dos detentos pela falência de assistência nos presídios brasileiros. Segundo o educador Paulo Freire "a educação sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela tampouco a sociedade muda", tal verdade para ele é latente na realidade das pessoas que saem das prisões e não possuem apoio governamental para recomeçarem suas vidas.
Dessarte, é necessário que haja ação governamental para promover infraestrutura e assistência penitenciária qualificada. Com isso, cabe ao Governo Federal proporcionar reforma do sistema penitenciário e investimento da reeducação aos detentos em projetos de ressocialização por meio do Ministério da Educação (MEC). Dessa maneira, mais distante será a realidade documentada pelo Doutor Drauzio Valéria dos indivíduos prisioneiros do estado paulistano.