No século XIX, o biólogo Charles Darwin concluiu que os seres vivos passavam por um processo de evolução e este ocorria por conta de uma seleção natural das espécies. Apesar de levar em conta as diferentes espécies, pessoas da mesma espécie vale-se do fenótipo para julgar-se superior a outras. Esse julgamento, em muito, ganha força no Brasil por conta do histórico de escravidão dos negros e sua classificação de raça inferior (idealizada pelos europeus nos séculos inde houve as grandes navegações) desencadeando assim o ferimentoda dignidade dessa raça. Com isso, encontrar caminhos para combater o preconceito racial, em território brasileiro, é um desafio que precisa ser enfrentado pelo Estado e pela sociedade civil.

Primariamente, é pertinente notar que a negligência do Estado exponencia o preconceito das raças, sobretudo da negra. De acordo com o IBGE, entre as pessoas em situação de extrema pobreza, 3 em cada 4 são negras. Isso evidencia que embora haja programas sociais aprovados no papel a oportunizar esses indivíduos, na verdade o que se vê a persistir é uma realidade contrária a essa, onde os negros continuam a ocupar as camadas sociais mais baixas. Sob essa ótica, devido o pouco esforço para integrar jovens negros e com baixa renda em programas sociais, por parte do Estado, a discriminação no país afeta e divide cada vez mais a sociedade.

Ademais, o conjunto de hábitos, práticas e falas encrustadas no cotidiano da população também promove de modo implícito e explícito a manuntenção da segregação racial. Segundo geógrafo e jornalista Milton Santo, em seu artigo "Ser negro no Brasil hoje", ele considera que ser negro no Brasil é, pois, com frequência ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar premeditado, lá embaixo, para os negros e assim tranquilamento se comporta. Diante do exposto, a forma como os indivíduos aplicam por não ter conhecimento ou levam tais comportamentos como algo trivial reforça a perduração das práticas racistas.

Portanto, são necessárias intervenções capazes de vencer o preconceito racial. A fim de alcançar a harmonia e o respeito para com as raças, é dever do Ministério da Cidadania, por intermédio de verbas orçamentárias, implantar programas que modifique o olhar da população através de palestras, campanhas e, além disso, inclua os jovens negros na escola, assegurados de auxílio alimentação, apenas para eles, mas também para toda a família. Dessa maneira, além de combater o preconceito racial, irá tornar a sociedade mais igualitária.