No documentário "Absorvendo o Tabu", apresenta a produção de absorventes de baixo custos por mulheres na Índia e de como é possivel levar informações sobre a menstruação para as pessoas. Entretanto, no Brasil, é perceptível a estigmatização sobre essa temática e os desafios para a garantia de informação e itens de higiene, sobretudo, para os menos desfavorecidos. Logo, uma análise dessa problemática é necessária.
Diante disso, destaca-se que a desigualdade social é um dos principais fatores desse fenômeno, que atinge principalmente pessoas alojadas em locais periféricos. Essas localidades, muitas vezes não têm saneamento básico. 900 mil meninas não têm acesso à água canalizada em suas residências, de acordo com a Unicef. Desse modo, compreende-se que a pobreza menstrual é uma entrave hostil persistente na sociedade brasileira, impactando os mais carentes.
Ademais, a falta de informação sobre a menstruação, gera invisibilidade, que colabora com a inexistência de medidas de resolução da pobreza menstrual no Brasil. A inferiorização desse problema é demarcada pela falta de distribuição gratuita de absorventes ou coletores para as pessoas que menstruam. Segundo a ONU uma a cada quatro meninas faltam as aulas no período menstrual por falta de absorventes. Por isso, medidas são necessárias para solucionar esse impasse.
Portanto, observa-se em nosso tecido social, os desafios no combate da pobreza menstrual. Nesse sentido, o Ministério da Educação (MEC)--órgão federal encarregado de tratar assuntos relacionados ao ensino, deve informar alunos do ensino fundamental ao médio sobre a menstruação e seus desafios, por meio de palestras com profissionais da saúde. Espera-se que com essa medida a pobreza menstrual de ser uma realidade no Brasil.