A priori, em decorrência da falta de acesso a itens de higiene pessoal e ao “tabu” da sociedade, muitas garotas faltam aulas durante a menstruação. De acordo com a antropóloga Mirian Goldenberg, cerca de uma entre quatro garotas prefere não ir à escola nesse período, e duas nunca comentaram sobre o assunto no ambiente escolar. Indubitavelmente, as garotas sentem vergonha por não compreenderem o que está acontecendo com o seu corpo e por não possuírem acesso a acessórios de higiene feminina. A atitude de evitar a escola compromete seriamente o desenvolvimento psicossocial e estudantil das meninas em situação de vulnerabilidade menstrual. Deste modo, torna-se fundamental o combate à problemática para garantir uma adolescência digna às estudantes nesse recorte social.
Outrossim, os indivíduos que se enquadram na pobreza menstrual podem ser acometidos por doenças genitais. Uma vez que a população feminina em situação de vulnerabilidade econômica e social não consegue adquirir itens para higiene menstrual básica, precisa recorrer a outros métodos para estancar o sangramento, como: papel higiênico, miolo de pão, jornal e pedaços de tecido. Consequentemente, o uso destes materiais pode ocasionar infecções bacterianas e fúngicas na região pubiana, levando ao desenvolvimento de doenças letais. Ademais, as doenças adquiridas podem ser transmissíveis, colocando em risco toda a sociedade. Portanto, é inadmissível que em um país democrático, perdure esta falta de compromisso com a saúde pública.
Diante dos argumentos supracitados, ficam evidentes as graves consequências da pobreza menstrual na sociedade brasileira. Urge, portanto, que o Ministério da Educação, através de verbas governamentais, crie um projeto para a distribuição gratuita de itens de higiene pessoal feminina nas escolas. A medida também deve contar com palestras voltadas ao público feminino explicando acerca das mudanças corporais das garotas, de modo a garantir a saúde menstrual junto da quebra do tabu acerca do tema. Ademais, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Mulher, deve instaurar a distribuição gratuita de absorventes, a medida será executada por meio de postos de saúde, e funcionará dentro do SUS, a fim de universalizar o acesso a itens de higiene feminina. Assim, atenuar-se-á a problemática de maneira inclusiva e democrática.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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