O filósofo francês Sartre defende que cabe ao ser humano escolher seu modo de agir e pensar, pois este seria livre e responsável. No entanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade no que concerne aos desafios para a popularização da vacinação no Brasil. Nesse contexto observa-se, um cenário desafiador, seja em virtude do silenciamento, seja pela má influência midiática.

A princípio, a falta de debate caracteriza-se como um complexo dificultador. A "atitude blasé", termo proposto pelo sociólogo Georg Simmel, é a ação de ignorar uma situação em vez de dar crédito a ela. Diante disso, verifica-se uma lacuna em torno dos debates sobre a necessidade de vacinação no país, o que contribui com o aumento da falta de conhecimento da população sobre a questão, dado que é clara a diminuição do número de pessoas vacinadas nos últimos anos.

Outro ponto relevante é a má fluência midiática. Conforme Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Nessa perspectiva, pode-se constatar que a mídia, em vez de incentivar discussões que elevem o nível de informação de todos, influencia na consolidação do problema. Um exemplo disso é a propagação das chamadas "fake news", que prejudicam as campanhas de vacinação, fazendo, assim, com que muitas pessoas arrisquem suas vidas.

Portanto, é preciso que as escolas, em parceria com a prefeitura, promovan um espaço para rodas de conversa e debate sobre a questão no ambiente escolar, por meio de palestras ministradas por professores. Tais eventos podem ocorrer no período do contraturno, contando com a presença de agentes de saúde ou enfermeiros. Além disso, esses eventos devem ser abertos à comunidade e amplamente divulgados nas redes sociais, de modo que todos saibam a importância da popularização da vacinação no Brasil.

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