Brasil, um país que se diz inclusivo porém pode-se perceber que em diversas questões inclusão é o que mais falta. Por exemplo, para um país que possui Libras como sua segunda língua oficial o número de escolas que atendem as necessidades e demandas de deficientes auditivos é muito baixo. Esse fato tem gerado muitos desafios para a formação educacional desse grupo de pessoas mostrando a urgência de uma discussão mais profunda desse assunto.
Antes de tudo não podemos descartar o fato de que a inclusão de pessoas com deficiência por parte da sociedade ainda é muito enfezada. As habilidades comunicativas e sociais de um deficiente auditivo não são desenvolvidas da maneira correta em seu período escolar para quem vive em uma comunidade que além de não colaborar para o seu desenvolvimento ainda negligencia seus direitos, causando consequências para sua formação como indivíduo.
Partindo disso, nota-se que o sistema educacional tem falhado com a comunidade surda. Segundo dados do Inep, o número de matrículas de deficientes auditivos em classes comuns diminuiu muito desde 2011. Isso pode ser reflexo da falta de estrutura das escolas que deviam oferecer um ensino em Libras ou reflexo da pequena quantidade de colégios exclusivos para alunos deficientes auditivos.
Segundo o escritor Dr. Daisaku Ikeda: "A chave para uma sociedade próspera está na educação.” conclui-se, então, que a priori o Ministério da Educação deve criar uma condição em que o curso de Pedagogia terá como matéria obrigatória Libras visando a formação de profissionais integrados com a língua. Essa condição deve ser implementada também nas escolas desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio para que alunos deficientes tenham o apoio que precisam e alunos não deficientes aprendam a socializar com o grupo, assim transformando, aos poucos, os desafios que o deficiente auditivo enfrenta em sua formação educacional e pessoal.