"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". De maneira análoga ao trecho de Carlos Drummond de Andrade, é possível estabelecer uma relação entre as pedras no caminho e as dificuldades da produção e o descarte ilegal do lixo no Brasil. Assim, é lícito afirmar que a omissão governamental e o individualismo são fatores que contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Sob esse viés, é lícito postular a negligência por parte do Governo, como fator que corrobora com a problemática. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada para garantir o equilíbrio na sociedade, por meio da justiça. No entanto, é possível perceber que, no Brasil, se rompe essa harmonia, haja vista que, os índices de punições são muito baixos e a fiscalização ineficiente. Dessa forma, as pessoas continuaram descartando o lixo de maneira ilegal, sem que haja uma devida punição.
Ademais, outro fator a salientar é o comportamento social. Isso decorre, principalmente, da falta de consciência das pessoas, que acabam produzindo muito lixo desnecessário e descartando de maneira incorreta, sem ao menos penas nas consequências que irá gerar futuramente. Com isso, sem a ajuda e conscientização das pessoas, o problema irá se agravar cada vez mais.
Urge, pois, que medidas sejam tomadas com o intuito de se coibir o problema discorrido. Cabe ao Governo Federal -como instância máxima de administração executiva-, juntamente com o Ministério do meio ambiente, criar leis eficientes, aumentar as fiscalizações e realizar campanhas e palestras, na escolas, redes sociais e programas de televisão, com a finalidade de conscientizar as pessoas. Dessa maneira, espera-se que as pedras sejam retiradas do caminho e a problemática solucionada.