Sob este viés analítico, é importante destacar, a princípio, que a inoperância estatal é um fator preponderante para a ocorrência dessa problemática. Este cenário decorre do fato que, assim como pontou o economista Murray Rothbard, uma parcela dos representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista e visar um retorno imediato de capital político, negligencia a conservação de direitos indispensáveis, como a garantia de segurança à mulher. Em decorrência do poder público, cria-se um ambiente propício a precarização infraestrutural de locais especializados no atendimento às vítimas - materializada na carência de delegacias da mulher, sobretudo, em regiões mais afastadas de centros urbanos. Logo, é notório que a omissão do Estado perpetua os episódios de violência contra a mulher no Brasil.
Além disso, é válido ressaltar que a lacuna no sistema educacional é um grande impasse que corrobora para esse obstáculo. Isso acontece porque, desde o século XX, com a implementação de um formato tradicionalista de ensino pelo ex-presidente Vargas, cristalizou-se um modelo educacional que negligencia o aprendizado de temas transversais, a exemplo de concepções básicas acerca do combate à violência. Nessa perspectiva, com o desconhecimento de parte da população - oriundo da escassez instrutiva - sobre a relevância da garantia de direitos, há uma ineficácia no reconhecimento de situações de violência contra a mulher no Brasil, como na inexecução de denúncias. Deste modo, é imprescindível combater a falha do processo educacional, visto que marginaliza uma classe da sociedade.
Portanto, indubitavelmente, medidas são fundamentais para resolver esse impasse. Por isso, o Ministério Público deve, por meio da fiscalização da aplicação de poderes estatais, pressionar o Estado no que se refere ao aporte de infraestrutura do setor que oferta segurança social, a fim que a proteção ao indivíduo seja executada de forma mais equitativa. Ademais, instituições de ensino devem, por intermédio de palestras, instruir os estudantes a reconhecer casos de violações à mulher e como denunciá-los, com o objetivo de estimular atitudes combativas à violência contra a mulher no Brasil. Assim, o mundo de muitas mulheres teria mais céus azuis e calmos, do que ultrajantes e tempestuosos, como relatado por Angèle.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 160
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.