frase da grande escritora Clarice Lispector, ao que parece, sintetiza bem que viver, ultrapassa o
fazer sentido, sendo um constante aprender consigo mesmo, com o outro, com a sociedade na
qual o indivíduo se encontra. Mesmo diante dessa constante aprendizagem na vida, todavia,
muitos sujeitos sociais insistem no individualismo exacerbado e na incapacidade de se colocar
no lugar do outro, tornando a vida impossível de ser assimilada.
De início, é impensável se acreditar, numa sociedade contemporânea, democrática e plural,
práticas individuais de comportamento ainda existentes, tendo em vista toda sociedade, como
o próprio nome já diz, ser formada por seres sociais e dialógicos entre si. Esse dialogismo, então,
é formado por relações interacionais constituídas de diálogos, ações e comportamentos desde
a escola (primeira instituição social depois da família) que devem ser pensados antes de serem
postos em prática, exigindo do indivíduo, no mínimo, disciplina, como já apontado pelo sociólogo
Michel Foucault na célebre obra “Vigiar e Punir” que, muito embora trata de questões fortes,
dela pode-se ser extraída a disciplina e o cuidado nas relações sociais, principio que, por si só,
quebra qualquer individualismo.
Somada a essa questão, tem-se, atualmente, na sociedade tomada pelas relações sociais no
universo da internet, em várias situações, quando se presencialmente e, também, virtualmente,
a falta de empatia, a ausência de se colocar no lugar do outro, um nítido descumprimento ao
princípio de viver a vida e aprender diariamente já posto pelo filosófico Karl Popper, quando
sugere que o indivíduo deve ser capaz de ir além do “fazer ao outro o que gostaríamos que
fizessem a nós” para “fazer ao outro o que ele gostaria que fosse feito com ele”. É perceptível,
então, que viver, e viver em sociedade, é um constante aprender a aprender a ser e a fazer.
Portanto, mediante tais reflexões, considera-se que, como seres sociais, viver aprende-se desde
a mais tenra idade, todavia, o aprender é algo que vai pelas instituições sociais, como a família
e a escola, para as quais cabem, à primeira, o diálogo, o exemplo, os bons modos; à segunda,
com o apoio dos órgãos federais que a sustentam (MEC, Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação) o ensino, a técnica, a ampliação de um diálogo sistematizado, nas aulas e nas salas de
aula, através da pessoa do educador, com o objetivo de fundamentar numa prática social e
dialógica o viver, viver bem e o aprender constante, porque a vida, como bem apontado por
Lispector, deve ir além do fazer passível e, para tal intento, deve-se viver e aprender sempre.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada