"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". Os versos, de Carlos Drummond de Andrade, podem representar a queda da cobertura vacinal no Brasil, sendo como uma pedra no caminho da população. Nesse contexto, é importante destacar como a propagação de fake news amplia o número de adeptos ao movimento antivacina e como a negligência governamental impacta na diminuição da vacinação.

Segundo a filósofa Djamila Ribeiro, é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. A partir desta observação, conclui-se que as regiões mais carentes e afastadas são as mais afetadas pela falta de cobertura, sendo tratadas como invisíveis perante ao Estado. Além disso, não é mais tão recorrente as campanhas midiáticas pró vacinação, patrocinadas pelo governo, como era comum em anos anteriores.

Ademais, vale-se ressaltar também, o aumento do grupo antivacina devido a crescente corrente de fake news divulgadas na internet acerca de supostas reações, fazendo com que a sociedade tenha medo de imunizar suas crianças. Isso acaba por prejudicar seus filhos os quais não vão ter a defesa necessária contra vírus e bactérias.

Portanto, é extremamente necessário combater esse problema. Nesse caso, o Ministério da Saúde deve ampliar o número de postos de vacinação em localidades mais desfavorecidas, juntamente com um aumento nas campanhas publicitárias com intuito de incentivar o povo. Concomitantemente – em parceria com o Ministério da Justiça – tem de se cassar as notícias enganosas postadas em redes sociais e divulgar os benefícios da vacinação em resposta. Desta forma, removendo a pedra a qual está no caminho da saúde da população.