Sob a perspectiva de Paulo Freire, não há mudança na sociedade sem a educação. De maneira análoga, percebe-se que há, no Brasil, um déficit educacional capaz de expandir a reincidência criminal. Dessa forma, urge que medidas sejam tomadas para amenizar a problemática, que é motivada não só pela superlotação no sistema prisional, como também pela negligência governamental.
A princípio, é importante ressaltar que a sobrecarga nos presídios está entre as causas do problema, tendo em vista que os detentos são expostos a condições degradantes que dificultam a ressocialização dos mesmos. Nessa lógica, Immanuel Kant afirma que o ser humano é resultado da educação que recebe, pois o ensino tem a capacidade de transformar vidas. Dessa forma, ressalta-se a importância de mutirões para "desafogar" o sistema carcerário nacional, para que assim, o maior número de detidos possível tenha acesso a educação que é assegurada pela Constituição Federal.
Além disso, o descaso educacional, ocasionado pelo déficit de investimento governamental, destaca-se como mais um desafio a ser combatido. Nesse sentido, faltam medidas efetivas por parte das autoridades competentes para que o cenário brasileiro seja alterado. Isso, consoante ao que está descrito no artigo 205 da Constituição de 1988, onde diz que a educação é um direito garantido a todo cidadão e responsabilidade do Estado cumprir com esse dever.
Portanto, não há dúvidas de que é preciso que seja tomada uma atitude para alterar a questão da reincidência criminal no Brasil. Para isso, o Ministério da Justiça em parceria com o da Educação deve criar projetos e campanhas de ensino em presídios com profissionais especializados para a formação de detentos. Com o intuito de reduzir a reincidência criminal e promover uma mudança significativa na sociedade brasileira através da educação e da ressocialização.