A constituição federal de 1998, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito à saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o saneamento básico como direito fundamental para o desenvolvimento da cidadania, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz- se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em uma primeira análise, deve- se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a falta de saneamento básico. Nesse sentido, a saúde, principalmente das crianças, são afetadas, levando elas a faltarem aulas e até mesmo à morte e levando os trabalhadores a faltarem seus empregos por conta dos sintomas causados pela contaminação, tendo por consequência a redução do salário no final do mês por conta das ausências, além da redução do turismos em determinados locais, por conta do ambiente desagradavél, afetando também de forma direta os comércios locais. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura- se como uma violação do “contrato social”, já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a saúde, o que infelizmente é evidente no país.

Ademais, é fundamental apontar a falta de compromisso do governo com a população, como impulsionador da falta de acesso a condições melhores de saneamento. Segundo a teórica política alemã Hannah Arenolk, em “A banalidade do mal”, reflita sobre o resultado do processo de massificação da sociedade, o qual formou indivíduos incapazes de realizar julgamentos morais, tornando- se alienados e aceitando situações sem questionar. Essa perspectiva, analisada pela pensadora, simboliza claramente o comportamento da sociedade diante da dificuldade ao acesso de saneamento básico, como por exemplo, redes de esgotos gerais, acesso a água potável e limpeza urbana, já que é justamente a habitualidade frente à questão que se agrava no corpo social brasileiro.

Depreende- se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o governo juntamente com a coordenação do Ministério das cidades e conscientização da população, por meio do programa: Saneamento a todos, disponibilize uma parte significativa das verbas, para inicialização da construção de redes de esgotos sanitários, e construção de poços para abastecimento de água, a população tem como responsabilidade manter o ambiente limpo, a fim de reduzir o índice de contaminação de adultos e crianças, acarretando também na diminuição da mortalidade infantil, aumentando o turismo e favorecendo o comércio local, proporcionando um ambiente agradável para lazer e facilitando o acesso à educação. Assim se consolidará uma sociedade humana, onde o estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke.

@OlrenBeat poderia corrigir minha redação por favor?

@Samara102006 Poderia corrigir minha redação por favor?